sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Projeto Reciclar é Possível & Folclore

A professora Márcia, do 1º período trabalhava o projeto “Reciclar é Possível” Em um dos momentos do mesmo conversou com as crianças sobre o nosso folclore, o que é, quais brincadeiras fazem parte do mesmo. As crianças descobriram que muitas de suas brincadeiras são folclóricas. A professora contou a história: O Boitatá, guardião da floresta. Em seguida confeccionaram juntos na roda o Boitatá da turma utilizando materiais de sucata: Para o Boitatá: Uma meia calça velha / jornal/ tampinha de garrafa/garrafa pet/ durex colorido/cola quente.
Em outro dia contou a história do Boi Bumbá que também foi construído pelas crianças em roda utilizando: Uma garrafa de amaciante vazia-retalhos de tecidos coloridos -papel branco – giz de cera e cola. Assim o folclore se misturou ao projeto da turma e enriqueceu ainda mais os desenhos, pois algumas crianças começaram a utilizar as figuras conhecidas e construídas em seus desenhos.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Projeto: O Beija-flor Uma linda surpresa Era uma sexta-feira do ano 2011, a turma da professora Andrelina Euzébio de Paulo Lopes, do 1º período, do Jardim de Infância Municipal Cirandinha, brincava no pátio da escola, quando uma das crianças encontrou um filhote de beija-flor caído debaixo de uma grande árvore.
A alegria tomou conta da turma e as interrogações e afirmações se iniciaram. Uma perguntou: -Por que ele caiu? Outra respondeu: - Ele é bebezinho e não sabe voar! Começaram a procurar o ninho que não foi localizado, pelo fato da árvore ser muito alta. As interrogações continuaram: - O que ele come? (tentaram dar mamão para ele).
Uma das crianças afirmou: ele bebe água com açúcar e eu sei preparar! Com ajuda da implementadora Graça Taborda prepararam água com açúcar para o filhotinho que bebeu um pouquinho.
A alegria e o orgulho de ter aquele bichinho vivo nas mãos fez com que mostrassem para todos da escola. O Kauan Gustavo que o encontrou queria levar o filhotinho para casa, mas a professora explicou que ele precisava dos cuidados da mãe, pois ainda era um bebê, que provavelmente queria ficar com a mamãe, mas o Kauan Gustavo se encontrava irredutível. Aproximava o momento de ir embora, pois era uma sexta-feira, de Discussão Pedagógica, quando as crianças saem 9 horas. A funcionária de apoio Néia foi até a sala e contou-lhes que um beija-flor voava desesperado ao redor da árvore e que provavelmente seria a mãe do filhotinho. A professora reforçou: -Vocês estão indo para casa para perto da mamãe, o beija-flor também quer ir para perto da dele. Kauan Gustavo se convenceu e combinaram que o colocariam em uma caixinha sobre um telhado próximo da árvore. O que foi feito.
As crianças foram embora e as professoras ficaram na discussão pedagógica. Ao saírem, às 11 horas, encontraram o filhotinho já sem vida. O interesse continua... Nasce o projeto Na segunda-feira, uma das crianças ao chegar falou que havia visto um beija-flor no caminho para a escola, a professora fez algumas indagações: - Como será que nasce o beija-flor? Será que são todos iguais? O beija-flor namora a flor ou a beija-flor? e apresentou a história seriada “A Borboleta Marieta e o Beija-Flor Zeca Trombeta, que foi o detonador do projeto “O beija-flor”. Na cabecinha das crianças o filhotinho deixado sobre o telhado estava por aí voando com sua mamãe. Ao iniciarem a montagem do quadro de cognição (quadro que delineia todo o andamento do projeto, com o que sabemos sobre o assunto, o que queremos saber, como faremos para saber, quando faremos, o que aprendemos sobre o assunto) que procura explorar todas as áreas do conhecimento para melhor desenvolvimento das crianças, citaram para que gostariam de cantar uma música sobre o beija-flor. (segundo a orientação curricular da Secretaria Municipal de Educação, a música faz parte das linguagens artísticas e “é uma linguagem que se traduz de formas sonoras, capaz de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos por meio da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. A música está presente em todas as culturas, nas mais diversas situações.” Nascem novos compositores Mas a turma não conhecia nenhuma música que falasse de beija-flor e resolveram compor uma. A letra é a seguinte: Beija-flor, beija-flor/ Você é o meu amor./ Você é um passarinho/ que gosta de água doce/ na árvore faz seu ninho/ pra chocar os seu ovinhos/ e nascer seus filhotinhos./ A professora ficou encantada com o resultado da composição e do envolvimento das crianças, mas a problemática continuava, a letra estava pronta, mas e a música? Me procuraram para que os ajudassem a montar uma paródia, mas conversando com a professora sugeri que jogasse para a turma, pois sempre tem uma criança que tem o dom da música, a linguagem musical mais evoluída, por mais novos que sejam. Ela desafiou-os e se surpreendeu com o resultado, pois estava ali uma música escrita e composta pelo seu grupo. Me convidaram para ouvir e encantada com a Educação Infantil que sou, dei os parabéns e sugeri que gravassem no Laboratório de Informática, que trouxessem um CD virgem para gravarmos e assim poderiam levar para casa e a mamãe ouvir. A empolgação foi geral! Daí o projeto cresceu ainda mais, conversaram ainda que o CD deveria ter mais músicas e escolheram mais duas que haviam trabalhado com a professora e que gostavam muito: Uma do Coelhinho do orelhão e outra dos Indiozinhos. Como gravaríamos um CD, tiveram a ideia de vendê-lo, assim faríamos o lançamento do CD. A venda enriqueceu a linguagem matemática, pois vender para quê? O que faremos com o dinheiro?(Resolveram que iriam lanchar em uma lanchonete multinacional no centro da cidade, pois nosso bairro fica em uma periferia e compraríamos livros de história para a sala de aula) Quanto cobraremos? Outro momento de discussão. Inicialmente queriam o valor de R$1,00, pois é o valor que as nossas crianças têm mais familiaridade. Como queriam a minha opinião coloquei que R$1,00 seria pouco, pois precisaríamos comprar adesivos e as mídias. Chegaram ao valor de R$3,00. A professora explorou vários objetos para fazer o acompanhamento instrumental, ofereceu toquinhos de madeira, objetos da sala, a bandinha industrializada. Após toda esta exploração discutiram sobre o que seria melhor para a gravação, pois dependendo do material a voz das crianças pouco aparecia. Optaram pelo guizo, que faz um som mais baixo. Como a euforia era muita, a turma que estudava na mesma sala a tarde percebendo toda a movimentação pelos registros na sala, esculturas criadas e tudo o mais, resolveram enviar uma poesia que haviam feito para que a turma a musicalizasse. Pronto! Já haviam virado compositores! A poesia era “A Sementinha” baseada no projeto da turma do 2º turno. Gravando nosso primeiro CD Chegou o dia da gravação!!! Foram todos para o Laboratório de Informática e como nosso microfone não é profissional estava aparecendo a voz apenas de quem o segurava. Optei assim por utilizar o notebook que recebemos da SME e que tem boa captação de som. Com o CD gravado convidaram várias pessoas para a festa de lançamento, autoridades do legislativo municipal, outras unidades educacionais e vieram além de um vereador, um representante de outro, um Supervisor Educacional e uma professora de outro município, incluindo aí também representantes da SME, implementadoras de informática de outra escola e a equipe da Informática Educativa do nosso município, Volta Redonda,RJ. Lançando o nosso CD O lançamento foi realmente uma festa, com apresentação de dramatização da história que foi o detonador,
montagem do ninho do beija-flor por uma turma do 2º período, da professora Simone Militão,
e finalmente a apresentação da música de trabalho: O Beija-flor.
A venda dos CDs foi um sucesso, 176 CDs com venda esgotada.
Na aula seguinte foi trabalhado mais um momento matemático, lançaram em um cartaz o total arrecadado e também as despesas, chegando ao valor que possuíam. Foi marcado então o passeio. A SME ofereceu o ônibus
que os levou ao Zoológico da cidade,
ao teatro GACEMS,
a lanchonete
e a livraria, onde foram recebidos por um contador de histórias, que lhes contou uma história e recebeu um CD em agradecimento.
Em seguida puderam manusear vários livros e escolher os que comprariam.
Em virtude desta compra foi feito um Clube do Livro na turma enriquecendo ainda mais o trabalho da Educação Infantil. Assim o Laboratório de Informática pôde colaborar com o enriquecimento de um trabalho, oportunizando várias linguagens a partir da ideia da gravação de um CD. História detonadora da projeto “O beija-flor” A Borboleta Marieta e o Beija-flor Zeca Trombeta- um amor de romance Texto e ilustração de Cláudia Schiller A borboleta Marieta quase não saia de casa e nunca voava. A borboleta Marieta não tinha amigos e vivia muito tristinha, com as asas abaixadas, sempre sozinha. Por isso, a borboleta Marieta às vezes ficava cinza, outras horas ficava preta Raras foram as vezes em que a borboleta Marieta ficou cor-de-rosa, azul bebê, amarelo claro... Era mais fácil ela aparecer vermelha de raiva... ou roxa de aflição! Mas de verdade ela era transparente. Num daqueles dias cinzentos, a borboleta Marieta tão encolhida de tristeza, viu passar, num voo raso, um beija-flor. O beija-flor Zeca Trombeta era meio cegueta. Assim sem óculos, lá de cima, ele achou que a borboleta Marieta era uma flor cinzenta. Para surpresa de Marieta o beija-flor Zeca Trombeta deu de fazer voos estranhos e cada pirueta! A cada movimento, Marieta sem perceber, mudava de cor até ficar branca de pavor! Primeiro voar, depois beijar, Zeca Trombeta só pensava em namorar... Num bailado complicado e já muito ensaiado, Zeca trombeta baixou e na borboleta Marieta assustada um beijo despegou. A borboleta Marieta fez-se de todas as cores para o namorado e, emocionada, voou. Não adiantava mesmo dizer para Zeca Trombeta que Marieta era uma borboleta. Ele sempre achou que ela era uma flor. Ah! nada como um amor... Esta história também foi recontada, reescrita e ilustrada pelo grupo trabalhando também o campo do saber da Linguagem oral com o recontar da história e da linguagem artística na ilustração da mesma, “mostrando aí suas impressões, interpretações sobre a produção de arte, com o seu fazer artístico”, com a sua expressão plástica.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Feijão se transforma em projeto na Educação Infantil

No J.I.M. Cirandinha, cidade de Volta Redonda, RJ, trabalhamos com a Pedagogia de Projetos, onde as crianças constroem o seu aprendizado. Certo dia... a professora Andrelina Euzébio de Paulo Lopes contou a História: “ João, o pé de feijão” que narra a germinação do mesmo. No dia seguinte uma das crianças trouxe de casa alguns grãos para a sala e estes passaram de mão em mão. O grão da história era preto e o que a criança trouxe também. Aqui nesta região do Estado do Rio de Janeiro o consumo desta espécie de feijão é muito maior, chegando em alguns grandes supermercados encontrarmos muito pouco espaço para outras cores deste grão. Várias indagações surgiram: Existe feijão branco? Existe feijão de outra cor? Por dentro ele também é preto? Será que nasce como o da história? Assim montaram um quadro de cognição com os conhecimentos das crianças (o que sabemos, com as interrogações feitas (o que queremos saber), com o que fariam para responder as interrogações ( O que faremos para saber) e quando fariam cada atividade. Assim caminhou o projeto e uma das atividades foi plantar feijão na horta da escola e em um pote na sala. Tiveram alguns dias de feriado emendado e sol quente. Após observações e registros (que também foram para o quadro na parte da Avaliação, o que aprendemos) concluíram que o da horta não germinou por falta de água e muito sol. O da sala germinou e acompanharam todo o seu desenvolvimento, passando pelo crescimento, floração e frutificação. No dia que ele estava maduro a professora abriu a vagem para que vissem se existia feijão. O brilho dos olhos e a gritaria de alegria com a nova descoberta deixou a professora emocionada. Decidiram replantar os grãos colhidos na sala. Uma das atividades propostas no quadro de cognição era de fazer uma feijoada e contemplando a parte da orientação curricular Linguagens Artísticas ( O quadro de cognição contempla todas as áreas do conhecimento) apresentariam a história da Dona Baratinha. A feijoada seria o prato do casamento e assim foi feito. As cozinheiras da escola foram envolvidas, pois quando as crianças quiseram saber como se fazia uma feijoada e os ingredientes necessários, foram perguntar para elas. Assim resolveram convidá-las para fazer a feijoada no teatrinho também. As famílias foram envolvidas, cada uma doando um pouco de ingrediente para a feijoada e convidadas para a apresentação e a festa do casamento. No dia de fechamento do projeto vieram todos e a festa foi linda.